
O SUS — sigla para Sistema Único de Saúde — é uma verdadeira conquista do povo brasileiro, já que esse modelo de saúde pública no país foi instaurado por meio do artigo 196 da Lei nº. 8.080/1990. Isso tudo, a partir da garantia concedida pela Constituição Federal de 1988.
Atualmente, mais de 190 milhões de pessoas fazem uso do SUS. Inclusive, 80% desse total usa o serviço de modo exclusivo, não tendo plano de saúde ou outros meios de acesso à rede particular de saúde.
Por isso, mais do que saber quando foi criado o SUS, é fundamental aprender como funciona esse grande pilar da saúde pública brasileira. Confira tudo a respeito, a seguir!
Neste artigo você encontra:
O SUS foi criado em 1988 como um direito constitucional de todo cidadão. Isso apresentou o ingresso definitivo da saúde pública no país, assim como a apresentação dos seus princípios fundamentais, que são:
Também vale apontar que, ao longo da história do SUS, princípios organizativos foram idealizados, como a regionalização e hierarquização dos serviços, permitindo melhor disponibilidade de atendimento em todo o território nacional. E o mesmo vale para a descentralização e o Comando Único, que contribui para a redistribuição do poder e da responsabilidade de gerir o SUS entre os três níveis de governo.
E, por fim, existe a Participação Popular, que ocorre por meio da criação de Conselhos e das Conferências de Saúde que estimulam e recebem a população em geral para formular estratégias e avaliar toda a execução da política de saúde pública no Brasil.
Com base no que vimos acima, sobre o que é o SUS e a sua história, dá para se aprofundar na atual estrutura do sistema de saúde pública a partir de sua estrutura. E, como apontamos, o SUS possui atuação participativa entre os três entes da Federação:
Nesse aspecto, temos, respectivamente, as ações comandadas pelo Ministério da Saúde (federal), das Secretarias Estaduais de Saúde — SES — e as Secretarias Municipais de Saúde — SMS — em âmbito municipal.
O SUS é financiado, basicamente, pela própria população por meio dos impostos praticados pelo governo. Mas, complementarmente, o órgão de saúde pública ainda depende de outras fontes de recursos, como o orçamento público e contribuições sociais, entre outras.
Na Constituição Federal, inclusive, há uma proporção específica de destinação dos recursos arrecadados. Os municípios, por exemplo, devem dedicar 15% de suas arrecadações em programas de saúde. O governo estadual, por sua vez, deve destinar 12% do total e o governo federal deve viabilizar um total com base nos gastos do ano anterior e, também, a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB).
Você conhece as políticas de atuação do SUS? A seguir, selecionamos as principais delas para que você tenha conhecimento e entenda o quão abrangente e diversificada é a atuação do órgão:
Além das políticas acima, o SUS tem destaque (nacional e até internacional, com menções de órgãos como a ONU e a OMS) por outras ações e campanhas. A seguir, vamos falar de 5 delas, confira!
O Programa Nacional de Imunização foi instituído em 1973 e, desde então, vem empregando esforços para a garantia de acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS.
O Brasil é, inclusive, um dos países costumeiramente mencionado em fóruns internacionais pela sua aplicação em campanhas de imunização, com resultados impressionantes. O último caso de varíola no país, por exemplo, data de 1971, enquanto a poliomielite foi extinta em território nacional no ano de 1989.
O programa, que tem foco na atenção básica de saúde, já foi eleito um dos 10 melhores do mundo segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Foi implementado em 1994, tendo já impactado a vida de dezenas de milhões de pessoas em todo o país.
O programa de tabagismo do SUS permanece ativo e focado em campanhas de prevenção, combate e também do tratamento de causas relacionadas ao tabagismo. Entre as principais ações, podemos destacar:
As ações desse tipo de programa focam em campanhas de prevenção, de tratamento e de reabilitação de pacientes que sofrem com distúrbios de pressão arterial, como é o caso da hipertensão. Para isso, o SUS fornece, gratuitamente, opções de tratamento, de acompanhamento e de medicamentos para controlar a doença.
Campanhas como o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos são pensadas para oferecer conhecimento acessível e soluções de prevenção contra distúrbios desse tipo.
O SUS conta com diversas ações para combater o câncer de mama e do colo do útero, como a Lei dos 60 dias — Lei nº 12.732/2012 — que garante pronto atendimento ao paciente com câncer em até 60 dias a partir da confirmação diagnóstica.
Mas existem, também, campanhas preventivas, como é o caso da vacina contra o HPV que entrou no calendário vacinal do Ministério da Saúde no ano de 2014.
Embora existam avanços significativos do SUS, como vimos e como ainda falaremos adiante, obstáculos ainda interpelam o caminho de acesso e de gradual desenvolvimento da saúde pública no país. Entre os principais, podemos citar:
Apesar dos obstáculos no caminho, o SUS é também alvo de muitos elogios por meio dos impactos significativos aplicados na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas.
Anteriormente, inclusive, destacamos vários deles, como a erradicação da varíola e da poliomielite, dos programas de saúde que são dignos de menção em congressos internacionais e de ações preventivas e de atendimento básico com cuidado a toda a população.
Nesse sentido, vale também destacar entre os avanços do SUS:
A Lei n° 8.142/1990 foi idealizada para estimular a Participação Social no SUS. Ou seja: conselhos de saúde e conferências que estimulam a participação da comunidade na implementação de políticas de saúde.
Neles, temos um grupo formado por usuários do SUS (50% do total), representantes dos profissionais de saúde (25% do conselho) e gestores e prestadores de serviço complementam esse grupo que tem a missão de deliberar, fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde do país.
Na Constituição Federal, o SUS se tornou um direito de todo brasileiro, e isso garante acesso ao atendimento básico de saúde e também às políticas e aos programas do órgão para visar um setor de saúde (preventivo e de tratamento) igualitário.
O sigilo às informações, inclusive, é respeitado. Especialmente, com a LGPD (Lei Geral de Proteção aos Dados) implementada no país, agora que a digitalização abrangeu todas as camadas da sociedade e o uso ético de informações digitais se faz obrigatório.
Com isso, o SUS se mostra um órgão valiosíssimo para a estruturação e sustentabilidade de uma sociedade tão plural quanto a brasileira.
Mas vale destacar que mesmo com o acesso à saúde pública, você sempre pode reforçar os cuidados com a sua própria saúde — ou à de sua família ou do seu quadro de colaboradores. Afinal de contas, bons planos de saúde estão cada vez mais acessíveis e apenas ajudam a compor mais amplitude ao acesso e à utilização dos melhores serviços de saúde do país.
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