Plano de saúde e cirurgia plástica: Tudo que você precisa saber

Se você pensa em ter um bom convênio médico, vale saber também, se o seu plano de saúde cobre cirurgia plástica. Afinal de contas, o assunto rende exceções e todo cuidado é pouco na hora de contratar um serviço desses sem ter tudo devidamente definido.

Especialmente, porque o Brasil é um país com grande procura por serviços estéticos. Inclusive, no ranking global, os brasileiros alcançaram a segunda colocação, com quase 1,45 milhão de procedimentos — ele ficou atrás apenas dos Estados Unidos.

E então, você se inclui no time de pessoas que procura saber se um plano de saúde cobre cirurgia plástica? Então, acompanhe conosco os tópicos abaixo!

Neste artigo você encontra:

1. Planos de saúde cobrem cirurgia plástica?
2. Diferença entre cirurgia plástica estética e cirurgia plástica reparadora
3. Lista de cirurgias plásticas que os planos devem cobrir
4. Plano de saúde cobre silicone?
5. Plano de saúde cobre cirurgia de diástase abdominal?
6. Qual é a cobertura para cirurgias plásticas?
7. Como é feita a solicitação pelo plano de saúde?

Podemos começar já respondendo à questão: as cirurgias plásticas estéticas não são cobertas por planos de saúde. O que pode ser uma decepção para muitas pessoas, já que no Brasil, mais de 60% das intervenções cirúrgicas, atualmente, são com objetivo estético.

Mas a resposta não é tão simples assim, pois existem condições que podem tornar a decisão mais flexível. E isso é bastante influenciado pelo tipo de plano de saúde contratado e, também, pelo tipo de procedimento que vai ser realizado e com qual finalidade.

E isso tem uma explicação prática: A Agência Nacional de Saúde (ANS) atesta que as operadoras não têm a obrigação de cobrir despesas com cirurgias plásticas. Elas são classificadas como eletivas. 

Então, no geral, se você se perguntava se um plano de saúde cobre cirurgia plástica, a resposta mais simples é: não, mas planos de saúde premium e condições especiais podem tornar esse serviço acessível e possível.

É o caso, por exemplo, de uma cirurgia plástica em casos de reparação. A aprovação para a sua realização, depende da própria análise da operadora.

Você saberia dizer a diferença principal entre cirurgia plástica estética e cirurgia plástica reparadora? A resposta é mais simples do que parece. Afinal, a primeira é, como destacamos, uma atividade eletiva, opcional, e cuja finalidade é estética (melhorar a aparência, principalmente).

Por sua vez, a cirurgia plástica reparadora pode ser indicada para:

• corrigir deformidades congênitas;
• reparar algum tipo de lesão;
• devolver o estado original a algum problema resultante de traumas.

Ainda que o efeito possa ser estético, a cirurgia reparadora ajuda a devolver (ou contribuir) com a qualidade de vida dos pacientes. O que não acontece em casos de cirurgia plástica estética.

Quer saber se o seu plano de saúde cobre cirurgia plástica? Então, aproveite para dar uma conferida em quais são os procedimentos que tendem a obter aprovação das operadoras:

• tratamento específico contra queimaduras;
• tratamento focado em tumores de pele;
• reconstrução pós-trauma;
• reconstrução da mama;
• reconstrução da face.

Portanto, nesses casos, a ANS tem pontos regulados que obrigam as operadoras a analisar cada caso individualmente. E, tendo provada a necessidade de corrigir, reparar ou reconstruir, o plano de saúde cobre cirurgia plástica, sim.

Afinal de contas, muitas doenças podem exigir um dos propósitos acima citados. O câncer de mama, por exemplo, pode demandar uma posterior reconstrução mamária.

A blefaroplastia é indicada, também, nos casos em que o excesso de pele das pálpebras atrapalha a visão do paciente. 

E o mesmo vale para as queimaduras, quelóides e também cicatrizes. Aqui, entretanto, a qualidade de vida e o bem-estar do paciente levam em consideração a saúde emocional do paciente. Ainda mais, porque resulta de um possível evento traumático.

Vale destacar que a cirurgia bariátrica também é coberta pelo plano de saúde, mas quando o problema oferece riscos à saúde do paciente. E, complementarmente, a retirada do excesso de pele, após realizada a bariátrica, tende a estar entre os procedimentos inclusos na lista da ANS.

O mesmo vale para outras aplicações, como:

• próteses;
• apêndices;
• órteses.

Saber o que é um plano de saúde e os detalhes de sua contratação garantem que você tenha o atendimento desejado. E sem imprevistos, já que muita gente sequer sabe que existem concessões para a cobertura de cirurgias plásticas.

E isso vale para a compreensão da seguinte dúvida: plano de saúde cobre silicone?

Como falamos acima, sobre como funciona o plano de saúde, deve ter dado para entender que, se o procedimento tiver finalidade estética, apenas, o plano de saúde não cobre o procedimento.

Acontece que existem situações particulares que podem obrigar as operadoras de saúde a cobrirem os gastos com esse tipo de cirurgia. Quando, por exemplo, a mamoplastia de aumento for uma cirurgia reparadora (após uma mastectomia).

Se o procedimento é decorrente de algum trauma, como cânceres ou acidentes, entre outras situações que demandem o objetivo reparador ou de reconstrução da cirurgia, o plano de saúde cobre a cirurgia plástica. Do contrário, não.

Uma diástase abdominal acontece quando ocorre o afastamento dos músculos retos do abdômen. Em geral, é um problema que se manifesta após a gravidez.

E, ainda que o procedimento possa ter um efeito estético, ele também possui uma finalidade reparadora. Nesses casos, o plano de saúde cobre a cirurgia plástica — para tanto, a comprovação e indicação médica são fundamentais para a aprovação das operadoras.

Atenção para outro ponto fundamental para a cobertura desse tipo de cirurgia: o plano de saúde em questão deve possuir segmentação assistencial hospitalar (deve ser, portanto, do tipo referência). E lembre-se, sempre, de conferir o período de carência do seu contrato.

Dá para adentrar ainda mais no assunto. Afinal de contas, nem todo plano de saúde cobre cirurgias plásticas se a sua apólice não cumprir os requisitos necessários para isso.

Por exemplo: você precisa de um plano de saúde ambulatorial hospitalar. Pois é isso que vai garantir a cobertura das despesas relativas à realização de exames e do período de internação.

Vale analisar, também, a cobertura de despesas com exames pré-operatórios. Mas, aqui, em casos nos quais os procedimentos têm finalidade estética. Não valendo, portanto, para a cobertura de despesas de internação e para a equipe médica.

Para saber se o seu plano de saúde cobre cirurgia plástica, o primeiro passo consiste em passar por uma avaliação médica. É por meio dela que se obtém a recomendação de necessidade do procedimento. Isso vai incluir a apresentação de documentos e/ou relatórios, entre outros materiais que comprovem a indicação médica.

Inclusive, vale reforçar: sempre analise o contrato do seu plano de saúde, bem como as diretrizes. Isso tudo evita que atritos com a operadora aconteçam, uma vez que todos sabem exatamente quais são os seus direitos, obrigações e responsabilidades.

Agora você já sabe se um plano de saúde cobre cirurgia plástica, deve ter entendido em quais situações as operadoras têm a obrigação de custear as despesas relativas ao procedimento. Logo, o próximo passo a ser tomado é o seguinte: encontrar o plano de saúde mais alinhado às suas necessidades e objetivos.

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